quinta-feira, agosto 14, 2008

O Destino

Relativamente aquilo que estavas a dizer sobre destino...
O destino existe, não há que acreditar ou deixar de acreditar. Seja ele na forma de Deus, ou de força superior. Todos sabemos que, de alguma forma, as coisas acontecem por um motivo.
Não digo que o nosso destino esteja definido à nascença. Não acredito que Newton tenha nascido para descobrir a gravitação universal, mas ela atravessou-se algures no seu caminho e foi preciso que ele a descobrisse. No entanto, dentro da mesma linha de pensamento, mas de maneira inversa, alguns de nós nasceram para servir: o mundo, a humanidade, os homens. Para ajudar, para lutar, para ensinar. O nosso destino diz-nos que nascemos para salvar os homens - faça-mo-lo como médicos, salvando vidas, como cientistas, descobrindo curas, como políticos, deixando de mentir e mudando realmente o mundo, como seres humanos, dando a mão a quem precisar de uma mão amiga, dando um abraço a quem precisar de um abraço, sorrindo a quem precisar de motivação, chorando pelas pessoas que nos deixaram, honrando a memória dos que vivem e dos que viveram, ou até mesmo estando sentados junto de um amigo, sem dizer uma única palavra, deixando-o saber que estamos ali.
E se, por algum motivo, algum de nós se desviou do seu destino, é porque uma força maior quis que essa o pessoa o fizesse, quer para pôr os outros à prova, quer por qualquer outro motivo que desconheçamos...
O destino é a força ou o Deus em que acreditamos, e por isso, cada vez que lutamos, fazemos o nosso próprio destino, mesmo quando era mais fácil esperar que doesse menos...

sexta-feira, agosto 08, 2008

Apetece-me esquecer. Que existe vida, que existe mundo, que existem pessoas, que existe ar..
Faltam-me as forças para continuar a lutar, falta-me a motivação, falta-me acreditar. Que é possível, e que eu sou capaz! Porque eu sou capaz!
Não me reconheço, não sei onde pára a minha verdadeira identidade. Não sei o que é feito da pessoa que falava horas sem fim, nem sei porque é que essa pessoa foi substituída por uma calada e oposta versão de si mesma.
Não sei porque absorvo os sentimentos de toda a gente ouvindo horas sem fim de suspiros e vontades, e não expondo nada do que sinto para o exterior.
Apetece-me gritar, correr, chorar, rir, esquecer! Apetece-me acabar, o que quer que tenha começado. Apetece-me acabar, por hoje, por amanhã, para sempre! Deixem-me acabar, por favor.
Esta luta já não é minha, é daqueles que a souberam forjar. Esta é a luta silenciosa, por um mundo, por um abraço, por uma solução!

O copo está a meio. Nem meio vazio, nem meio cheio.